Para garantir ações que qualifiquem a saúde no Rio Grande do Sul, entidades da área se reuniram na manhã desta quinta-feira (12), na sede do Cremers, em Porto Alegre, onde firmaram acordo para a criação da Frente Pró-Saúde RS. O grupo deve realizar um diagnóstico das necessidades da área no Estado e levar pautas de melhorias à saúde para os governos estadual e federal.
De acordo com o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, a ação conjunta é um passo importante para garantir não só mais recursos para os hospitais, mas para viabilizar melhores condições de trabalho para os médicos, demais profissionais e, principalmente, mais qualidade na assistência à população. Além de melhorias referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS), a crise do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE), será uma das prioridades do atual governo de Eduardo Leite (PSDB), que enfrenta problemas com o convênio desde o seu primeiro mandato.
Necessidade de investimento na saúde
Os hospitais sofrem com problema de financiamento e os médicos estão sem reajuste nos valores das diárias desde 2011. Em caso de suspensão do plano, os mais de 1 milhão de gaúchos dependeriam apenas do Sistema Único de Saúde (SUS), colaborando para a superlotação dos hospitais, que pode gerar um problema ainda maior para a saúde no Rio Grande do Sul.
— Esperamos que haja bom senso do governador, e temos certeza que há, porque ele já apontou a necessidade rediscutir essa questão. Solicitamos uma audiência ainda em janeiro e já foi protocolado na Casa Civil, onde nós vamos expor exatamente essa necessidade e mudança de visão — reforça em entrevista à Rádio CDN na manhã desta sexta.
Na reunião estiveram presentes o grupo Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), Federação RS — Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos (FederaçãoRS), Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul), e Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers).
Conforme o presidente em exercício da Fehosul, Odacir Rossato, existem muitas pautas convergentes que podem ser trabalhadas em parceria.
— O cenário atual da saúde em nosso Estado e no Brasil apresenta muitos desafios, entre eles a ampliação do acesso à saúde para a população e a busca por melhores condições de financiamento/remuneração de hospitais e profissionais. Se trabalharmos individualmente, os entraves se intensificam. Com a união das entidades poderemos delimitar os gargalos mais urgentes a serem enfrentados e contribuir com sugestões a serem levadas às autoridades e governantes — destacou durante o encontro, realizado em Porto Alegre.
O alinhamento de demandas será discutido em reunião agendada para o próximo mês.